Interferência
Podemos dizer que quando duas ou mais ondas chegam ao mesmo tempo a um ponto em comum de um meio, ocorre o fenômeno da interferência, ou seja, as ondas se superpõem naquele ponto, originando um efeito que é o resultado da soma algébrica das amplitudes de todas as perturbações no local de superposição. Seu entendimento só foi possível com a formulação do Princípio da Superposição, por Thomas Young.
Young, na
passagem do século XVIII para o século XIX, elaborou um experimento conhecido
como experimento das duas fendas, no qual fez um feixe de luz interferir nele
mesmo, após ser difratado por um par de fendas.
O que
acontece quando dois pulsos se cruzam no meio do caminho de propagação?
Nos pontos
onde ocorre superposição, o efeito resultante é a soma dos efeitos que seriam
produzidos pelas ondas que se superpõem, caso atingissem isoladamente aquele
ponto. Após a superposição, cada onda continua sua propagação no meio, com suas
propriedades inalteradas. Vejamos as figuras abaixo.



O fenômeno
da superposição dos efeitos das ondas que se cruzam é denominado interferência.
Podemos ter dois tipos de interferências: a construtiva e
a destrutiva. Observe a figura abaixo:

Na
interferência construtiva ocorre um reforço da onda, e a amplitude da onda
resultante é maior do que a amplitude de cada uma das ondas que se superpõem.
No caso da
interferência destrutiva ocorre um cancelamento da onda, sendo esse
cancelamento total ou parcial, e a amplitude da onda resultante é menor do que
pelo menos uma das amplitudes das ondas que se superpõem. Quando ocorre a
interferência totalmente destrutiva, o meio não apresenta efeito das
perturbações, permanecendo o ponto em equilíbrio, enquanto perdurar a
superposição.
No ramo das
telecomunicações, o estudo da interferência é muito importante, pois esse
fenômeno é um dos fatores responsáveis pela limitação no tráfego das
informações, produzindo ruídos e outros tipos de interferências que podem ser
reduzidos com certos tipos de modulação. Esse fenômeno também ocorre nas bolhas
de sabão: o feixe luminoso ao incidir na bolha sofre interferência tanto na
superfície superior quanto na inferior. Em virtude disso, surgem regiões
escuras que são as zonas de interferência destrutiva e as regiões claras que
correspondem às zonas de interferência construtiva.
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